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| Português do Brasil: Rio de Janeiro - Forças de segurança ocupam o Complexo do Alemão depois de ter sido oferecida a possibilidade de rendição aos traficantes. A ação das policiais, com o apoio das Forças Armadas, inclui o uso de tanques militares, helicópteros e outros veículos. A bandeira do Brasil foi hasteada na parte mais alta do morro como marca da ocupação policial. Armas, munição e droga foram apreendidas em vários locais ( Agência Brasil -ABr) (Photo credit: Wikipedia) |
O novo comandante da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro (PMERJ), coronel José Luís Castro Menezes, afirmou nesta quarta-feira (7), em entrevista à GloboNews, que não descarta a possibilidade de policiais estarem envolvidos no desaparecimento do pedreiro Amarildo de Souza, na Rocinha. Contudo, ele destacou que os indícios ainda não permitem que haja convicção de que PMs estão de fato envolvidos. Amarildo desapareceu após ter sido abordado por policiais da UPP da comunidade.
"Pode ter havido envolvimento de policiais. Mas não podemos afirmar enquanto não tivermos certeza. Abrimos inquérito e a Delegacia de Homicídios também está investigando o caso. Esperamos esclarecer o caso o mais rapidamente possível", disse, destacando que ainda não está previsto nenhum afastamento de PMs porque os fatos ainda não foram totalmente esclarecidos. "Não somos inimigos da comunidade, estamos lá para garantir a segurança de todos", completou.
O comandante falou ainda sobre a atuação de policiais militares nas manifestações no Rio. Ele destacou que, no decorrer dos protestos, a PM tem mudado sua estratégia de atuação com o objetivo de "garantir o direito constitucional de manifestação e desarmar pessoas mal-intencionadas, portando coquetel molotov ou objetos contundentes."
"Desde que as manifestações começaram, estamos acompanhando e alterando o planejamento. PMs fardados, identificados com letras e números, estão transitando entre os manifestantes, abordando possíveis suspeitos de forma educada, mas firme. Queremos manifestações sem incidentes, queremos que os jovens possam se manifestar e que seus pais fiquem tranquilos com o que possa acontecer. Eu também sou pai e sei dessas preocupações", completou o coronel Castro de Menezes.
O comandante também ressaltou que a corporação está aberta ao diálogo com os ativistas, apesar das tentativas frustradas ao longo dos protestos. "Diálogo é importante. Já tentamos anteriormente, mas este canal não se concretizou porque os manifestantes não quiseram. Mas o canal continua aberto. A PM estará sempre ponta para dialogar."
O coronel também comentou o decreto que anistiou policiais militares, e que acabou revogado, tendo como desfecho a exoneração do então comandante da PM, coronel Erir da Costa Filho: "Vamos fazer tudo com calma e transparência para que fique claro o objetivo da PM."
Polícia faz buscas, mas não encontra corpo de Amarildo
Agentes da Divisão de Homicídios (DH) e bombeiros fizeram buscas nesta quarta-feira, na Rocinha, Zona Sul do Rio, em busca do corpo do pedreiro Amarildo de Souza, desaparecido desde o dia 14 de julho. Cerca de 40 homens participaram da ação, mas não encontraram nenhum corpo.
Os trabalhos foram acompanhados pelo filho do pedreiro, Anderson Gomes, de 21 anos. Ele disse ao delegado titular, Rivaldo Barbosa, que tinha certeza de que o corpo do pai havia sido removido dali, já que havia evidências de que o local havia sido manipulado recentemente.
O delegado afirmou que na sexta-feira, deverá ser feita uma reconstituição e que, ainda nesta quarta-feira, um PM será ouvido. Na terça-feira (6), foram feitas diligências na comunidade com o objetivo de refazer os últimos passos de Amarildo.
