O debate em torno da ideia de adotar um preço fixo para o livro no mercado brasileiro, realizado nesta segunda-feira, no Rio de Janeiro, mexeu com o escritor Paulo Coelho.
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O autor de O Alquimista é um best-seller conhecido como defensor da reprodução indiscriminada de obras “Pirateiem meus livros”, diz e dos formatos digitais.
“Brasil caminha para preço fixo do livro. a] leitor paga mais caro b] conseguem só adiar o futuro c] pessoas deixam de ler #fail”, escreveu ele no Twitter, nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, no melhor estilo esotérico de ser Paulo Coelho, “o mago” publicou em seu blog uma parábola com o título “Preço justo”.
O texto, em inglês, conta o diálogo entre um filho e seu pai, que o manda comprar sal na vila “a um preço justo, nem alto nem barato demais”. Quando o filho pergunta por que não pechinchar e economizar algum dinheiro, o pai retruca. “Numa grande cidade, pode ser, mas não em uma vila. Aqui todos saberão do caso e você vai humilhar quem aceitar vender sal por menos, que, se o fizer, o fará por desespero.”
Em países como França e Alemanha, o preço fixo do livro foi estabelecido por lei, durante períodos programados – dois anos ou dezoito meses, respectivamente. A ideia, nesses países, é proteger livrarias independentes e pequenas da concorrência com grandes redes, que têm maior possibilidade de dar descontos em lançamentos. O lado ruim é que o leitor perde a chance de comprar livros recém-publicados por preços menores que os estipulados pelas editoras e precisa esperar que um título deixe de ser considerado lançamento (ele o é nos períodos citados) para pagar menos.
O mercado brasileiro hoje teme, especialmente, a recém-chegada Amazon, que fora do país levou diversas livrarias à bancarrota ao impor preços baixíssimos. É um cenário diferente daquele da década de 1990, quando o mercado foi sacudido pela abertura da primeira megastore da Saraiva (1996), um tipo de livraria hoje tão comum nos centros comerciais, e quando tiveram início as primeiras operações de venda pela internet, com lojas como Submarino.
No Brasil, o tema é bastante controverso. É só dizer que o debate desta segunda-feira, reunindo gente a favor da adoção do preço único, aconteceu no Snel, que é contra a proposta. Nesta terça-feira, 18, o assunto volta a ser debatido – mas desta vez pela Associação Nacional de Livrarias, que levanta essa bandeira há muitos anos. O encontro será realizado na sede da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo.
“Brasil caminha para preço fixo do livro. a] leitor paga mais caro b] conseguem só adiar o futuro c] pessoas deixam de ler #fail”, escreveu ele no Twitter, nesta terça-feira. Ao mesmo tempo, no melhor estilo esotérico de ser Paulo Coelho, “o mago” publicou em seu blog uma parábola com o título “Preço justo”.
O texto, em inglês, conta o diálogo entre um filho e seu pai, que o manda comprar sal na vila “a um preço justo, nem alto nem barato demais”. Quando o filho pergunta por que não pechinchar e economizar algum dinheiro, o pai retruca. “Numa grande cidade, pode ser, mas não em uma vila. Aqui todos saberão do caso e você vai humilhar quem aceitar vender sal por menos, que, se o fizer, o fará por desespero.”
Em países como França e Alemanha, o preço fixo do livro foi estabelecido por lei, durante períodos programados – dois anos ou dezoito meses, respectivamente. A ideia, nesses países, é proteger livrarias independentes e pequenas da concorrência com grandes redes, que têm maior possibilidade de dar descontos em lançamentos. O lado ruim é que o leitor perde a chance de comprar livros recém-publicados por preços menores que os estipulados pelas editoras e precisa esperar que um título deixe de ser considerado lançamento (ele o é nos períodos citados) para pagar menos.
O mercado brasileiro hoje teme, especialmente, a recém-chegada Amazon, que fora do país levou diversas livrarias à bancarrota ao impor preços baixíssimos. É um cenário diferente daquele da década de 1990, quando o mercado foi sacudido pela abertura da primeira megastore da Saraiva (1996), um tipo de livraria hoje tão comum nos centros comerciais, e quando tiveram início as primeiras operações de venda pela internet, com lojas como Submarino.
No Brasil, o tema é bastante controverso. É só dizer que o debate desta segunda-feira, reunindo gente a favor da adoção do preço único, aconteceu no Snel, que é contra a proposta. Nesta terça-feira, 18, o assunto volta a ser debatido – mas desta vez pela Associação Nacional de Livrarias, que levanta essa bandeira há muitos anos. O encontro será realizado na sede da Câmara Brasileira do Livro, em São Paulo.