Sequência do filme lançado em 2005 não consegue se sustentar apenas com a beleza das cenas, e perde força com roteiro fraco e esquecível
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Novamente com Miller e Rodriguez à frente, mas sem o dedo de Tarantino, a continuação mantém a belíssima e marcante estética, com cenas em preto e branco, e algumas interferências de cores. O sangue, elemento primário na série, às vezes aparece em seu tom vermelho natural, mas na maior parte das cenas, especialmente naquelas em que ele jorra por todos os lados, a cor se mantém fortemente branca.
Por trás da fotografia apurada, está a história recheada de corrupção, assassinatos, drogas e violência ilimitada, dividida em três tramas que se conectam de forma tímida. O primeiro personagem a dar as caras é o temível Marv (Mickey Rourke), que volta mais sedento por brigas e sangue, entrando em batalhas que não são suas, por mera diversão. Pouco depois, um rosto novo surge. Johnny (Joseph Gordon-Levitt) é o ingênuo turista que acha que vai se dar bem em Sin City. De cara, ele enfrenta o sádico vilão Roark (Powers Boothe), com quem protagoniza uma das cenas que pode levar o público a fechar os olhos no meio.
No clube de strip, Nancy (Jessica Alba) continua rebolando no palco com os cabelos ao vento. Sua imagem agora pouco impacta, se comparada à primeira vez em que ela aparece, em 2005, prova de que a beleza das cenas, com recursos usados à exaustão em outros longas, como 300 (2006) e The Spirit: O Filme (2008), não se sustenta mais sozinha como o fez no primeiro filme. Agora, Nancy vive perturbada pela morte de Hartigan (Bruce Willis, que faz uma participação fantasma à la Sexto Sentido), se entrega ao álcool e planeja de forma amadora a morte de Roark, como vingança.
As duas tramas, de Nancy e Johnny, parecem promissoras nos primeiros minutos do filme. Porém, o roteiro toma outro rumo e as histórias se dissipam. Quando retornam aos dois personagens, o público mal lembra quem é Johnny. E Nancy sofre nas mãos de Jessica, que não é atriz o suficiente para o drama que a personagem demanda.
O filme foca sua maior parte no brutamonte Dwight (Josh Brolin) e em seu vício por Ava (Eva Green), a tal dama fatal do título, que raramente aparece com roupas. Bela e perigosa, ela manipula os homens ao seu bel-prazer e ganha tons coloridos conforme a sua personalidade avança. Inicialmente, Ava aparece com um comportado e brilhante vestido azul. Seus lábios exibem um forte batom vermelho, que a ajudam a seduzir as vítimas. Quando o ódio passa a dominar a personagem, seus olhos ganham um tom verde neon, tão estranho quanto os semblantes da família de vampiros vegetarianos da saga adolescente Crepúsculo.
Claro que em uma cidade batizada como o reduto do pecado são necessários ingredientes como mulheres seminuas, homens violentos e constantes traições. Mas A Dama Fatal peca pelo excesso. Nem só de armas de fogo, brigas e nádegas femininas se faz um filme sobre o submundo. E a beleza estética não é mais suficiente para seduzir os espectadores de 2014 com seus olhos treinados para efeitos especiais. Faltou músculo ao roteiro, que perde o ritmo, entedia e fez da história uma trama desejável (e fácil) de se esquecer.
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