Segundo um jornal estatal, a ação faz parte da "avaliação política" dos candidatos. O vício em internet ou em videogame é considerado uma doença.
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O jornal estatal South China Morning Post publicou nesta sexta-feira que esta nova prova justifica-se para fazer uma “avaliação política dos candidatos”, que em geral examina preferências políticas, origem das famílias, antecedentes criminais, entre outros aspectos. “A dependência da internet poderia afetar gravemente o estudo e o trabalho de um soldado. As pessoas que têm este problema não podem ser nomeadas para cargos politicamente importantes no Exército”, explicou um oficial encarregado do processo de seleção.
O militar chinês, no entanto, não especificou claramente como será a prova para determinar se o candidato sofre deste tipo de dependência eletrônica. De acordo com a Lei do Serviço Militar da China, todos os homens residentes no país entre 18 e 22 anos podem se alistar no Exército, mas as autoridades costumam realizar, além da “avaliação política”, exames físicos e psicológicos antes de aceitarem formalmente os candidatos.
A dependência da internet e de videogames é considera uma doença no país asiático, onde existem centros de reabilitação específicos para o “distúrbio psicológico”. Alguns destes centros suscitam críticas de entidades civis ocidentais por usarem técnicas terapêuticas consideradas ultrapassadas ou abusivas, como eletrochoque e violência física. Alguns estudos chineses concluíram que o uso excessivo da internet pode causar graves danos cerebrais a um adolescente, comparáveis aos produzidos pelo consumo de cocaína ou de álcool.
Reformas no Exército – O presidente chinês Xi Jinping lidera um grupo que está conduzindo uma reforma militar no país, e quer priorizar a criação de um Exército com alta capacidade técnica. Xi disse em uma recente reunião que o objetivo da reforma é construir um Exército “capacitado que obedeça ao comando do Partido e seja capaz de vencer batalhas com a precisão de uma orquestra”. Um dos objetivos da reforma é aumentar a presença de profissionais com diploma universitário nas forças de defesa, sobretudo de especialidades técnicas, como engenharia, matemática, física e computação