“Desta vez, tudo vai ser diferente. Vai ter casamento!”
O final trágico chegou a ser antecipado na manhã desta sexta (18) pelo site oficial da novela, que propôs um “quem matou?” para o público, numa tentativa de criar alguma expectativa. Imerso num bizarro delírio, Laerte passou toda a cerimônia tendo flashs de memória dos tempos em que foi apaixonado pela mãe da noiva, sua prima Helena.
Mas, diferentemente do que o autor Manoel Carlos fez parecer durante toda a trama, não foi a protagonista destemperada que tirou a vida do flautista, mas uma jovem pianista apaixonada e cuja maluquice pareceu coisa improvisada de uns dois ou três dias. Uma saída fria, sem grandes desdobramentos. Um final melancólico para uma novela que começou muito bem, com um argumento que poderia ter rendido bem, mas que se perdeu.
Laerte, que ensaiou virar psicopata, acabou pagando por uma bobagem sem tamanho: a incapacidade de resistir aos joguinhos de sedução – no filme de sua vida passaram uma porção de cenas dele com suas tantas mulheres. E a novela perdeu, pois a resolução da parte mais importante da trama ficou nas mãos de uma personagem sem nenhuma importância, interpretada por uma atriz que não conseguiu crescer em cena nem mesmo no momento mais decisivo. Pelo bem da coerência, Helena deveria concretizar o mau agouro que destilou por mais de 20 anos, e acabar de vez com o primo – em vez disso, deram a ela um tiro bobo, numa cena mal dirigida, levada ao ar na terça (15).
Com menos cuidado do que uma novela das nove pede, ainda mais aquela que foi proclamada como “a última de Manoel Carlos”, era de se esperar mais emoção no assassinato do protagonista. Mas a sequência foi cortada sem grande sensibilidade pela edição ruim – um mal que, aliás, prejudicou demais Em Família.
No capítulo morno demais para encerrar a dinastia das Helenas, da morte surreal do protagonista passou-se – acredite – para uma aula de salsa no Galpão Cultural. E a vida seguiu no Leblon.
Em Paris, Luiza, já curada de todo aquele “amor imenso” que dizia sentir por Laerte, conheceu um pianista galante.
Ninguém ficou sem par e, mesmo depois de algumas dúzias de barracos, a família Fernandes terminou unida em torno de uma mesa de banquete, para comemorar o aniversário da matriarca Chica. Só para não deixar de fazer jus ao título, a mensagem é que tudo acontece mesmo em família ali. E, ao que parece, em ciclos. Na cena derradeira, Verônica (Helena Ranaldi) e Leto (Ronny Kriwat) surgiram no palco como se a vida se repetisse, quem sabe numa espécie de Matrix do Leblon. Vamos começar tudo de novo?
Laerte, que ensaiou virar psicopata, acabou pagando por uma bobagem sem tamanho: a incapacidade de resistir aos joguinhos de sedução – no filme de sua vida passaram uma porção de cenas dele com suas tantas mulheres. E a novela perdeu, pois a resolução da parte mais importante da trama ficou nas mãos de uma personagem sem nenhuma importância, interpretada por uma atriz que não conseguiu crescer em cena nem mesmo no momento mais decisivo. Pelo bem da coerência, Helena deveria concretizar o mau agouro que destilou por mais de 20 anos, e acabar de vez com o primo – em vez disso, deram a ela um tiro bobo, numa cena mal dirigida, levada ao ar na terça (15).
Com menos cuidado do que uma novela das nove pede, ainda mais aquela que foi proclamada como “a última de Manoel Carlos”, era de se esperar mais emoção no assassinato do protagonista. Mas a sequência foi cortada sem grande sensibilidade pela edição ruim – um mal que, aliás, prejudicou demais Em Família.
No capítulo morno demais para encerrar a dinastia das Helenas, da morte surreal do protagonista passou-se – acredite – para uma aula de salsa no Galpão Cultural. E a vida seguiu no Leblon.
Em Paris, Luiza, já curada de todo aquele “amor imenso” que dizia sentir por Laerte, conheceu um pianista galante.
Ninguém ficou sem par e, mesmo depois de algumas dúzias de barracos, a família Fernandes terminou unida em torno de uma mesa de banquete, para comemorar o aniversário da matriarca Chica. Só para não deixar de fazer jus ao título, a mensagem é que tudo acontece mesmo em família ali. E, ao que parece, em ciclos. Na cena derradeira, Verônica (Helena Ranaldi) e Leto (Ronny Kriwat) surgiram no palco como se a vida se repetisse, quem sabe numa espécie de Matrix do Leblon. Vamos começar tudo de novo?