Segundo a rede britânica BBC, os civis organizaram a ofensiva após descobrirem que membros do Boko Haram iriam atacar a cidade de Rann e outros municípios próximos. “Os aldeões conseguiram proteger suas casas dos agressores. Eles mataram cerca de 200 membros da seita e muitos outros escaparam com ferimentos graves", disse o parlamentar.
Com poucas armas de fogo, os civis usaram arcos, lanças, adagas e facões para enfrentar os fundamentalistas. “Foi uma dura batalha. Eram centenas de agressores que chegaram em caminhões e estavam muito bem armados. Mas triunfamos”, disse à agência EFE um dos líderes da milícia Umaru Siddiq. “Não contei o número de mortos, mas outros que o fizeram me disseram que eram mais de cem”, disse. Os moradores também se apoderaram de setenta motocicletas, dois caminhões e um veículo blindado dos homens do Boko Haram. Dois extremistas foram capturados.
Soldados atacam seu próprio comandante – Soldados nigerianos abriram fogo contra seu comandante na cidade de Maiduguri, capital de Borno, relata a BBC citando testemunhas locais. O major-general Ahmed Mohammed escapou ileso depois que soldados atiraram em seu carro no quartel Maimalari, disseram as fontes. Os soldados o culparam pela morte de seus colegas em uma emboscada feita por supostos militantes do Boko Haram.
O porta-voz do Exército, Chris Olukolade, descreveu o incidente em Maiduguri como uma “questão interna” e disse que não havia necessidade de preocupação pública. Mas o tiroteio mostra que a moral dentro do Exército é baixa, diz o analista da BBC especialista em Nigéria, Naziru Mikailu.
O Boko Haram luta para impor a sua interpretação da sharia, a lei islâmica, na Nigéria – país de maioria muçulmana no norte e predominantemente cristão no sul – e mantém uma campanha armada sangrenta que causou mais de 3.000 mortos desde 2009.