Carreira e trajetória do artista
José Wilker de Almeida, conhecido apenas com Zé Wilker, começou a carreira artista na rádio Ceará, onde nasceu.
Filho de uma dona de casa e de um caixeiro viajante, Wilker saiu de Juazeiro do Norte e chegou ao Rio de Janeiro aos 19 anos de idade, onde se matriculou no curso de Sociologia na PUC-RJ. Mas, apaixonado pelas artes, Wilker acabou abandonado a faculdade para se dedicar ao teatro.
Teatro
Fez parte do Movimento Popular de Cultura (MPC) do Partido Comunista, que realizava documentários sobre a cultura popular do Brasil. Sua primeira aparição no cinema foi em 1965, na obra “A Falecida”, que contou com a participação de Fernanda Montenegro. No teatro, a carreira foi marcada por grandes personagens e prêmios.
Em 1970 , veio o primeiro troféu: um Molière, com a peça "O Arquiteto e o Imperador da Assíria". De lá pra cá, participou de 49 novelas e 68 filmes. Sua primeira novela foi em 1971. Como diretor, assinou quatro produções para a TV e o cinema.
Em 2009, Wilker foi dirigido por Jô Soares na comédia "A cabra ou quem é Sylvia", de Edward Albee. O ator interpretava Martin, um arquiteto bem-sucedido e aparentemente feliz em seu casamento.
Já em 2012, foi recordista e indicações ao prêmio Shell com a montagem "Palácio do fim", da autora canadense Judith Thompson.
Personagens marcantes na TV
Entre os papéis de destaque na televisão, está o personagem principal na novela Roque Santeiro, ao lado de Regina Duarte e Lima Duarte na década de 80. Também fez sucesso com o personagem Giovanni Improtta, o ex-bicheiro na novela "Senhora do Destino", em 2004, com os bordões “felomenal” e “o tempo ruge e a Sapucaí é grande”.
Dois anos depois, mais um momento marcante: viveu o ex-presidente Juscelino Kubitschek na minissérie JK. Um dos mais célebres papéis na TV foi o remake da novela Gabriela, em 2012, quando o viveu o coronel Jesuíno Mendonça e conquistou o público com o bordão “Vou lhe usar”. Sua última novela foi 'Amor à Vida'. Ele viveu o médico Herbert.
Cinema e família
Apaixonado pelo cinema, o ator foi comentarista durante vários anos nas cerimônias do Oscar na Globonews. Também escreveu textos sobre cinema e teatro para revistas e jornais, presidindo a RioFilme por um tempo. Wilker era colecionador de obras de artes e teve duas filhas, Isabel, com a atriz Mônica Torres, e Mariana, com a atriz Renée de Vielmond. O ator estava namorando a jornalista Claudia Montenegro.