Em "The bag man", Rebecca vive Rivka, uma femme fatale misteriosa que se envolve em uma história de crime e suspense. "Ela é extremamente inteligente, engraçada e misteriosa. Ninguém consegue entender ao certo de onde vem e o que está fazendo em um motel no meio do nada. No decorrer do filme, as pessoas vão começar a entender e decifrar o enigma dessa garota. Durante o processo de criação do personagem eu queria adicionar 'camadas' visuais para ela e, com a permissão do director David Grovic, acabei tenho três cores de cabelo diferentes: azul, loiro e preto. Uma verdadeira camaleoa", descreve ela, que aparece em destaque no cartaz do longa.
Não só a cor dos cabelos foi uma preocupação para Rebecca neste trabalho. A ex-modelo aparece em figurinos sumários, exibindo uma barriga trincadíssima. "O produtores não me fizeram exigência a respeito de ficar 'sarada', mas, lendo o roteiro, sabia que haveria muitas cenas onde eu estaria fisicamente exposta, então, intensifiquei na malhação. Corria uma hora na esteira e fazia abdominais todos os dias. Subia escadas três vezes por semana por 45 minutos. Subir escada é o exercicio mais chatinho, mas dá um superefeito muito rápido! No geral, tento ter uma vida saudável, com alimentação balanceada e exercícios", conta.
Colega de medalhões como De Niro e Cusak, Rebecca descreve um pouco de sua rotina com eles nos bastidores. "Foi a experiência mais incrível da minha vida! Eu cresci assistindo aos filmes do Robert De Niro e contracenar com ele foi uma grande honra. A parte que me deixou mais surpresa é que eles, John e o Robert, não são somente talentosos, mas também pessoas extremamente generosas. Tivemos diversas reuniões antes de iniciar as gravações e eles estavam sempre procurando saber a minha opinião. Cresci muito como atriz depois de ter trabalhado com esses dois gênios! Gravamos o filme em Nova Orleans, muitas cenas eram ao redor dos pântanos. Gravávamos sempre à noite, das 18h às 6h por dois meses. Sempre recebíamos algumas visitas inusitadas. Crocodilos e cobras apareciam quase todos os dias no set. Uma cobra de quase dois metros apareceu debaixo da minha cadeira enquanto passávamos o texto! Graças a Deus, tínhamos uma pessoa especializada em manusear animais selvagens e nada aconteceu!", diverte-se.
Rebecca chegou à meca do cinema ainda como modelo e, após um teste, conseguiu um papel na série de TV "Entourage". Dali não parou mais de fazer testes e ficar com os papéis: "Acho que a maior dificuldade é que, infelizmente, ainda existem poucos papéis para atores brasileiros e estrangeiros no geral. As coisas melhoraram muito, mas ainda são limitadas. Mas a tendência é só melhorar porque o Brasil corresponde a uma das maiores bilheterias de cinema na América Latina, então, do ponto de vista financeiro, é muito interessante para Hollywood abrir as portas para os brasileiros", analisa ela, que sonha em atuar no Brasil: "Atuar no país onde eu nasci seria realmente um grande sonho. Já surgiram propostas, mas nada que tenha me cativado".
Por aqui ela admira Fernanda Montenegro e Osmar Prado e os diretores Luis Fernando Carvalho, na TV, e José Padilha, no cinema. Solteira, a rotina da atriz, que já estampou campanhas mundo afora, é focada em trabalho: "No momento, estou fazendo aulas de canto, pois quero fazer um musical no futuro, e também aulas de improvisação, que me ajuda no gênero da comédia. Estou solteira e concentrada em meus projetos".