"Tentei o suicídio. Amarrei o lençol na ventana, que é alta, coloquei no pescoço e saltei. Mas a corda arrebentou e eu caí no chão. Olhei para o lado e tinha uma bíblia, que um policial tinha me dado ainda no Rio de Janeiro. Foi Deus que não permitiu que eu me matasse".
Bruno falou também sobre a dura rotina na cadeia, onde, segundo ele, paga um preço alto pela fama: "Muita gente acha que, por ter sido jogador de futebol, eu tenho regalias aqui. E não é.Já costurei bola aqui dentro. Tem muito jogador que gosta de colocar a culpa na bola. Mas agora eu conheço cada ponto da bola. Sei quando o cara está dando migué. A bola aqui do presídio não é ruim, não".
Condenado a 22 anos de prisão em regime fechado, o goleiro assinou contrato com o Montes Claros, time que disputa o Módulo II do Campeonato Mineiro, e aguarda uma difícil liberação da justiça para voltar aos gramados.