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Cientistas descobrem evidência que pode confirmar a teoria do Big Bang

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Elas são minúsculas, surgiram instantes após a explosão que criou o universo, há 13,8 bilhões de anos, e estão sendo procuradas há anos por físicos que estudam o nascimento do Universo. Nesta segunda-feira (17), astrônomos da Universidade de Cambridge, nos Estados Unidos, anunciaram que captaram as primeiras evidências da existência das Ondas Gravitacionais Primordiais e da Inflação Cósmica. A descoberta pode ser a peça que faltava para comprovar que o Universo começou com uma grande explosão, a teoria chamada Big Bang.

Os astrônomos de Cambridge acreditam que encontraram os primeiros "tremores" do Big Bang em imagens do telescópio Bicep2, no Polo Sul. "Detectar esse sinal é uma das mais importantes metas da cosmologia atual", diz John Kovac, do centro de astrofísica de Cambridge, em nota publicada no site da universidade.

As ondas gravitacionais são ondulações no espaço-tempo que carregam a energia do Universo. Ela foi teorizada pela primeira vez pelo físico Albert Eistein, como consequência da Teoria da Relatividade Geral. Apesar de fazer sentido nos cálculos, elas nunca haviam sido detectadas, por ser milhões de vezes menor do que um átomo. A descoberta é ainda mais interessante por ter detectado ondas "primordiais", que foram geradas nos primeiros instantes do nascimento do Universo, logo após o Big Bang.

Para encontrar essas ondas, o telescópio Bicep escaneia o espaço buscando a radiação cósmica de fundo em microondas. Essa radiação, que existe em todo o espaço mas é muito fraca, era até agora a melhor evidência de que o Big Bang existiu. Durante a busca, o telescópio encontrou um sinal mais forte do que o esperado pelos cosmologistas. Após três anos de análises, eles concluíram que captaram ondas gravitacionais influenciando a polarização da radiação cósmica de fundo em microondas.

Ao detectar essas ondas, os pesquisadores podem também provar a hipótese da Inflação Cósmica. Segundo essa hipótese, na primeira fração de segundo após a grande explosão, o Universo passou por um súbito alargamento, chamado de inflação. Sem esse alargamento, seria impossível para um telescópio atual detectar ondas primordiais.

Os resultados ainda precisam ser publicados e analisados por outros cientistas, no processo de revisão de pares. Uma equipe de cientistas da Agência Espacial Europeia também busca os mesmos sinais. Se encontrarem, podem confirmar esse novo conhecimento sobre o surgimento do Universo e fortalecer ainda mais as evidências de que o Big Bang ocorreu.




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