Sabe aqueles filmes em que duas pessoas trocam de corpo e, depois de muita confusão, uma consegue entender como a outra se sente? Um grupo de estudantes da UPF (Universidade Pompeu Fabra), de Barcelona, inventou um jeito de promover essa troca de corpos. Ou quase isso. O experimento foi feito com uma versão inicial do Oculus Rift, um aparelho ligado a câmeras e plataformas de computador que substitui sua visão pela de outra pessoa.
Durante a experiência, duas pessoas colocam o aparelho nos olhos e cada uma é instruída a fazer os mesmos movimentos da outra, em completo silêncio. “Lá no fundo você sabe que não é seu corpo, mas você sente como se estivesse em outro”, explica Philippe Bertrand, estudante de Artes Digitais e co-fundador do grupo BeAnotherLab.
Ao longo dos últimos meses, os alunos encontraram um diversificado grupo pesquisadores (de artistas a terapeutas e antropólogos) interessados no projeto. Por isso, o “The Machine to be another”, teste mais recente da equipe, foi focado em estudos de performaces artísticas para reabilitação neurológica.